Páginas

sexta-feira, 6 de março de 2015

Dunga convoca a seleção para os amistosos contra a França e o Chile no fim do mês

O técnico Dunga convocou nesta quinta-feira os jogadores da seleção brasileira para os amistosos contra a França, no dia 26, em Paris, e o Chile, no dia 29 de março, em Londres. A lista não tem grandes surpresas. Todos os jogadores já haviam sido chamados pelo técnico em convocações anteriores.

Cinco atletas da lista atuam no futebol brasileiro. Os goleiros Jefferson (Botafogo) e Marcelo Grohe (Grêmio), os volantes Elias (Corinthians) e Souza (São Paulo) e o atacante Robinho (Santos).

Na coletiva após o anúncio da convocação, o técnico Dunga disse que o time atual não é necessariamente a equipe que disputará a Copa América do Chile, em junho. Para o treinador, não existe grupo fechado e seleção é uma observação constante. Esta posição contrasta com o que Dunga fez em sua primeira passagem pela seleção. Na ocasião, ele levou boa parte do grupo campeão da Copa das Confederações de 2009 para o Mundial do ano seguinte, mesmo com alguns jogadores não apresentando mais o mesmo rendimento.

- Fizemos essa convocação baseada no que observamos até o momento. A questão de início de pré-temporada no Brasil, outros clubes que jogam campeonatos europeus, em cima de mesclar jovens com jogadores experientes. Mas nesse momento nada é definitivo, porque teremos dois amistosos, Copa América e a Eliminatória. Os jogadores que não estão nessa lista não devem se sentir excluídos - afirmou.

ELIMINATÓRIA É A PRIORIDADE

O treinador aproveitou para dizer que, embora considere a Copa América importante, a prioridade da seleção brasileira será a disputa das Eliminatórias para a Copa da Rússia de 2018. O torneio começará após a disputa do torneio sul-americano.

- Todas as competições são válidas. O nosso objetivo maior é a Eliminatória. Mas antes temos a Copa América e dois amistosos. Na seleção brasileira precisa ter a mentalidade vencedora.

Esta é a última convocação da seleção brasileira antes da disputa da Copa América. Depois dos jogos deste mês, a seleção voltará a se reunir para um amistoso contra o México, no dia 7 de junho, em São Paulo e outro amistoso no dia 10, no Beira-Rio, contra um adversário que ainda será definido. Em seguida, a equipe viaja para o Chile para os jogos da primeira fase do torneio contra Peru, Colômbia e Venezuela.






Dunga também falou sobre o retorno do lateral-direito Fabinho, de 21 anos. O jogador do Monaco havia sido chamado apenas uma vez na primeira convocação do técnico para os amistosos contra a Colômbia e Equador.

- O Fabinho tínhamos trazido no primeiro jogo, e esperamos que ele tenha uma nova sequência de jogos no Monaco. Ele é lateral-direito, apesar de estar jogando como volante, como seu técnico deseja. Estamos abrindo o leque para os atletas se auto-afirmarem na seleção - disse.

Questionado ainda sobre uma possível dependência de Neymar, Dunga disse que toda seleção brasileira campeã tem um grande craque.

- O que nós observamos em todos os títulos mundiais foi que o individual era forte e ai apareceu a individualidade. Trabalhamos o coletivo e naturalmente aparecia o talento. Se ele está na seleção brasileira ele é bom.

O ex-atacante Jairzinho, o Furacão da Copa de 70, será o auxiliar pontual da seleção brasileira nestes amistosos. Ele é o quarto ex-jogador chamado para o cargo simbólico de auxiliar a comissão técnica da seleção e levado para conviver e dividir as suas experiências com os jogadores. Antes dele, tinham ocupado esta função o ex-volante Mauro Silva, o ex-atacante Edu e o ex-zagueiro Oscar.

Dunga acredita que Jairzinho será um bom exemplo para o grupo, pois se destacou em em uma seleção que tinha Pelé.

- Ele foi lá e fez a parte dele. Não esperou o Pelé fazer para todo mundo - disse Dunga, talvez pensando no exemplo de Neymar, maior nome do time atual, e sabendo que o atacante do Barcelona não pode ser o único jogador decisivo da equipe.

ELOGIOS A NEYMAR

Sobre o camisa 10, aliás, Dunga não escondeu a sua satisfação por ver o atacante brilhando ainda mais com a camisa do Barcelona. Para o treinador, Neymar teve um "upgrade" no seu futebol desde que se tornou capitão.

- Aumentou a confiança. O jogador gosta de desafios. Fez muito bem a ele a faixa de capitão - afirmou.

O treinador, no entanto, não quis comentar muito sobre o retorno de Marcelo. O lateral havia sido convocado para os amistosos contra a Colômbia e o Equador e depois não foi mais chamado.