Na foto, o garoto aparece segurando a cabeça de um soldado sírio decapitado. Na legenda, a frase: “Este é o meu garoto”. A imagem assustadora foi publicada no perfil de Khaled Sharrouf no Twitter. Em outras fotos, o terrorista aparece com os três filhos, todos segurando armas, à frente de uma bandeira do Estado Islâmico do Iraque e do Levante, o grupo que está desintegrando o território iraquiano e espalhando a barbárie.
O primeiro-ministro da Austrália, Tony Abbott, disse que as imagens são outro exemplo das “atrocidades horríveis” de que os terroristas são capazes. “Vemos cada vez mais evidências do quão bárbara é essa entidade em particular”, disse à imprensa australiana.
Sharrouf foi condenado na Austrália e alegou ser culpado das acusações de terrorismo. Ele fugiu do país no ano passado para se juntar aos jihadistas na Síria e no Iraque. “O Estado Islâmico – como eles estão chamando a si mesmos agora – não é apenas um grupo terrorista, é um exército terroristas que não está em busca apenas de um enclave terrorista, mas de um estado terrorista, de uma nação terrorista”, disse o premiê a uma rádio australiana.
O grupo jihadista está impondo uma selvageria cotidiana em um vasto território entre a Síria e o Iraque, decapitando, crucificando e executando sumariamente os considerados "infiéis". A minoria yazidi é um dos principais alvos do EIIL no norte do Iraque – neste domingo, ao menos 500 pessoas foram mortas e muitas foram enterradas vivas, incluindo mulheres e crianças. Em Raqqa, na Síria, o grupo expôs cabeças de várias vítimas em postes no final de julho – quando também teria sido tirada a foto do filho de Sharrouf, segundo o jornal Sydney Morning Herald.