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sexta-feira, 18 de julho de 2014

Escritor João Ubaldo Ribeiro morre ao 73 anos no Rio

O escritor, acadêmico e jornalista João Ubaldo Ribeiro morreu ao 73 anos na madrugada desta sexta-feira, em sua casa, no Rio de Janeiro. Segundo informações do jornal Bom Dia Rio, ele teve uma embolia pulmonar. O corpo será velado na Academia Brasileira de Letras (ABL), no centro do Rio, a partir das 11 horas. Ubaldo era casado e deixa quatro filhos, entre eles o ator e ex-VJ da MTV Bento Ribeiro.
O escritor era o 7º ocupante da cadeira número 34 da ABL. Ele foi eleito em 7 de outubro de 1993, na sucessão de Carlos Castello Branco. Atualmente, era colunista dos jornais O Estado de S. Paulo O Globo, onde escrevia aos domingos.
João Ubaldo Osório Pimentel Ribeiro nasceu em 23 de janeiro de 1941, na Ilha de Itaparica, Bahia. Cresceu em Sergipe, onde o pai atuava como professor e político, e voltou a morar em Itaparica, por sete anos. Antes passou por outras cidades como Lisboa, Rio de Janeiro e Salvador. No início dos anos 1990 mudou-se para Berlim, na Alemanha, na volta fixou residência na capital carioca.
Formado em Direito pela Universidade Federal da Bahia, Ubaldo nunca exerceu a profissão. Atuou como professor, jornalista, editor e foi colunista de diversos jornais no Brasil e no exterior, como Alemanha, Inglaterra e Portugal.  
Lançou seu primeiro livro, Setembro Não Tem Sentido, em 1968. O segundo veio em 1971, o clássico Sargento Getúlio, considerado um marco do romance moderno brasileiro, que trata do universo nordestino, em especial dos sergipanos. Em seguida lançou Vila Real (1979) e Viva o Povo Brasileiro (1984).
Entre suas obras mais famosas está também A Casa dos Budas Ditosos (1999), que se tornou um sucesso no teatro em um monólogo com a atriz Fernanda Torres, no qual ela narrava, na velhice, suas peripécias sexuais.
Ubaldo venceu em 2008 o Prêmio Camões, o mais importante da literatura em língua portuguesa. O escritor também já havia recebido dois prêmios Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, em 1972 e 1984, respectivamente, de o Melhor Autor e Melhor Romance, por Sargento Getúlio Viva o Povo Brasileiro. Fora do Brasil, foi laureado na Alemanha e na Suíça. Seus livros foram traduzidos em doze línguas, como o inglês, espanhol, finlandês, francês, hebraico e italiano.