O cenário político do Ceará passa por uma verdadeira reviravolta com a decisão do PSB em romper a aliança nacional com o Governo da presidente Dilma Rousseff. Com essa decisão, os socialistas anteciparam o conflito com o Palácio do Planalto e deram o sinal mais claro da candidatura do Governador de Pernambuco, Eduardo Campos, à Presidência da República.
O afastamento do PSB foi marcado pela entrega de cargos – Ministérios da Integração Nacional e Portos, na administração federal. Com essa decisão, o Governador do Ceará, Cid Gomes, que sempre se opôs à candidatura de Eduardo Campos em nome da aliança com o PT, não encontra mais ambiente para permanecer no PSB.
Durante a semana, Cid Gomes foi a Brasília e São Paulo na tentativa de articular uma alternativa partidária para o seu grupo político. Jogou, na terça-feira, a última cartada para assumir o comando regional do PR B no Ceará. Recebeu, porém, a notícia de que o PRB continuaria com o empresário Miguel Dias.
Cid enfrenta um dilema: concentra força política e eleitoral, mas hoje não tem garantido o controle de um partido que assegure, sem embaraços na relação com a presidente Dilma Rousseff, as candidaturas majoritárias dos seus correligionários. O governador cearense precisa de uma sigla que esteja aliada ao PT e garanta palanque para a reeleição da presidente Dilma no Ceará.