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O primeiro turno do Processo de Eleição Direta (PED) para presidentes dos diretórios nacional, estaduais e municipais do Partido dos Trabalhadores está marcado para o dia 10 de novembro deste ano. A informação é do líder do partido na Câmara Federal, deputado cearense José Guimarães. De acordo com ele, a data foi acertada na reunião do Diretório Nacional da sigla, na última sexta-feira, em São Paulo. Outro tema abordado no encontro, afirma, foi a Reforma Política. Na ocasião, o partido lançou campanha para colher 1,5 milhão de assinaturas e apresentar um projeto de lei, de iniciativa popular, de reforma política.
Guimarães explica que, durante a reunião, foi estabelecido todo o cronograma para o PED. Conforme o deputado, o segundo turno está marcado para 27 de novembro. Já o prazo para o registro de chapas, acrescenta, foi estabelecido em: até o fim de julho, para as candidaturas a presidente nacional do partido, e até o final de agosto, para candidatos a presidentes estaduais e municipais. Evitando comentar nomes a nível local, o petista afirmou que, até agora, há três nomes “pré-colocados” para disputar a presidência nacional: o do atual presidente, Rui Falcão; o do atual secretário-geral da Executiva Nacional, Paulo Teixeira; e o de Valter Pomar (PT-SP).
O deputado cearense informou também que, no encontro, foram discutidas e estabelecidas ainda as normas e regras para o PED, como, por exemplo, os requisitos para que cada filiado possa votar. O parlamentar, no entanto, não deu detalhes sobre esses pontos. Ele adiantou apenas que, no Ceará, o assunto está sendo discutido durante os seminários que estão sendo realizados no interior do Estado durante as “caravanas”. Segundo ele, até o momento, já foram realizados 10 debates pelos municípios interioranos. “Alguns foram promovidos pelo meu mandato, outros em conjunto com a Executiva e com outros mandatos”, explica.
“Nós estabelecemos 2013 como o ano da renovação geral do PT. A palavra de ordem é mobilização total para fazer o PED, que vai significar, no próximo ano, o partido mobilizado com as novas direções, para juntar forças para reeleger a presidente Dilma Rousseff”, comenta Guimarães. O petista destacou que, conforme decisão da Executiva Estadual do PT, durante reunião no início de março, as alianças que serão feitas no Ceará serão baseadas nos partidos que estiverem apoiando a reeleição de Dilma. No caso do PSB, portanto, tudo vai depender da candidatura ou não do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, à Presidência da República.
Sobre a reforma política, Guimarães comentou que a campanha lançada pelo partido para colher 1,5 milhão de assinaturas e apresentar um projeto de lei, de iniciativa popular, de reforma política, tem quatro pontos principais de defesa: o financiamento público exclusivo de campanhas eleitorais; voto em listas fechadas e pré-ordenada nas eleições proporcionais, com paridade entre homens e mulheres; ampliação dos mecanismos de participação popular; e a convocação de uma Assembleia Constituinte para elaborar a reforma. Para ajudar na campanha, peças publicitárias serão lançadas e grandes eventos e atos de adesão devem ser realizados nos estados.
“O Congresso não quer fazer a reforma política. Ele impõe dificuldades, e lá, quando não se tem unidade, não se vota nada”, comentou o deputado, reconhecendo que a proposta poderá não ser votada a tempo para as eleições de 2014. Caso isso aconteça, ele afirma o PT vai tentar votar uma reforma da Lei Eleitoral. A ideia, explica, é transformá-la “em regras claras e perenes, para evitar a judicialização das eleições”. “Quem tem que legislar sobre as eleições é o Congresso, não é o Supremo (Tribunal Federal)”, criticou. Ele reforçou, no entanto, que o PT vai continuar defendendo a reforma política, “que é fundamental para a moralização da vida partidária brasileira”.
