Os corpos do desembargador Ricardo Areosa e de sua mulher, Cristiane Teixeira Pinto, foram enterrados às 17h40 desta segunda-feira (4), no Cemitério São João Batista, em Botafogo, Zona Sul do Rio. O casal morreu ao pular do 4º andar de um prédio no Leblon para fugir do fogo.
“Meu pai era um cara leve, brincava com todo mundo. Ele sempre tinha uma piada sem graça para fazer sobre mim. Então, como uma última brincadeira, colocamos a música do 'Poderoso Chefão' no celular dele”, disse Caio, filho do desembargador.
Peritos disseram que o incêndio pode ter começado em uma tomada na sala. Após análise preliminar no edifício Tanger, na Rua General Venâncio Flores, na manhã desta segunda-feira (4), foi verificado que o plugue estava conectado a aparelhos eletrônicos quando as chamas começaram.
Imagens feitas com um celular e exibidas no RJTV mostram o fogo destruindo o apartamento 401. No local, moravam o desembargador federal do trabalho Ricardo Damião Aerosa e sua mulher, Cristiane Teixeira Pinto, que morreram após pularem do quarto andar na tentativa de escapar do incêndio.
Ao saltar, o desembargador se chocou contra uma mureta de concreto e morreu na hora. A mulher caiu sobre um toldo e sofreu traumatismo craniano. Levada em estado grave ao Hospital Miguel Couto, na Gávea, morreu durante atendimento médico.
Segundo testemunhas, houve atraso na chegada dos bombeiros e, quando chegaram, perderam mais tempo porque não havia água no hidrante em frente ao prédio.
O Corpo de Bombeiros informou, por meio de nota, que o atendimento levou apenas seis minutos, a partir do momento em que a solicitação foi feita. Segundo eles, o acionamento ocorreu às 23h24 e os agentes chegaram ao local às 23h30, mas tiveram dificuldade para acessar o apartamento pela porta que tinha quatro trancas.
Os bombeiros destacaram, também, que o hidrante presente na rua estava inoperante, o que dificultou o trabalho, mas não impediu o combate às chamas, já que foi utilizada água do prédio vizinho.
A Cedae enviou uma equipe ao local e informou que o hidrante possui água suficiente para apagar o incêndio. A concessionária disse, ainda, que os agentes dos bombeiros é que não teriam sabido operá-lo.