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sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Chuvas já registradas no mês provocam estragos no Crato

As chuvas que caíram na região do Cariri nos últimos dias já provocaram danos a esta cidade. As causas são de origem diversa. A topografia irregular, as deficiências de infraestrutura nas comunidades e a falta de equipamentos impedem que os órgãos municipais estejam preparados para enfrentar um inverno rigoroso.

No município, a ponte sobre o Rio Batateiras, na Vila São Bento, que é o principal corredor de acesso para a população residente na Vila Padre Cícero, Jenipapo, Sítio Malhada e Quebra, teve suas cabeceiras destruídas.


No local, por mais de um mês, o trânsito, que é intenso, foi interditado por motivo da obra e devido a grande quantidade de lama que não permitia a passagem dos veículos.

Para chegar às localidades, os pedestres e motoristas precisaram passar por debaixo do equipamento. Mas, desde o último dia 2, a travessia antiga foi retomada, satisfazendo as comunidades locais.

Ainda em 2011, quando aconteceu uma enchente que ocasionou vários sinistros, como o do Canal do Rio Granjeiro e o desmoronamento de residências, o Ministério da Integração Nacional destinou uma verba no valor de aproximadamente R$ 677 mil para a construção de uma nova ponte na Vila São Bento.

Após a ordem de serviço, que foi dada no final do primeiro semestre deste ano, a obra foi iniciada. Porém, durante a execução, a sondagem do terreno indicou que a construção não estava de acordo com o que o estudo topográfico anterior tinha indicado. O projeto previa uma fundação direta. No local, segundo o secretário de Infraestrutura do município, José Muniz, que também é engenheiro, foi necessário fazer um desvio no manancial e rebaixar o lençol freático para identificar a profundidade das fundações até encontrar um material seguro.



Por causa disso, há cerca de dois meses a obra foi paralisada. "A gente precisa de dados técnicos. Estamos aguardando o posicionamento do geólogo sobre a sondagem do terreno. Só a partir do que ele indicar iremos redimensionar a fundação da ponte e dar início ao procedimento construtivo dela. Assim, pedimos a compreensão da população", afirma José Muniz.

Agora, a Secretaria de Infraestrutura aguarda um novo relatório sobre as sondagens das fundações para que possa redimensionar os alicerces.

Diante do problema, diariamente, o local está sendo vistoriado pelos técnicos do órgão. Mas, de acordo com eles, não há riscos de desabamento.

Depois da indicação dos estudos, a Secretaria irá realizar a reprogramação da obra e dos prazos de entrega.