Uma das principais lideranças do movimento dos caminhoneiros, o presidente da Abcam (Associação Brasileira dos Caminhoneiros), José da Fonseca Lopes, afirmou que, com o acordo firmado com o governo neste domingo (27), o "assunto está resolvido".
"Eu acho que o assunto está definido. O caminhoneiro está antenado, ele também quer sair desse movimento agora, porque já faz sete ou oito dias", disse.
Apesar disso, o país chega ao oitavo dia de paralisação, com protestos pelo país.
"O caminhoneiro agora só tem que agradecer isso aí, no bom sentido, e continuar a vida dele."
Na noite deste domingo, o presidente Michel Temer (MDB) ampliou a lista de concessões aos caminhoneiros. Foram divulgadas cinco medidas para atender as demandas da categoria.
Fonseca afirmou que a desmobilização nas estradas começaria tão logo fossem publicadas as medidas provisórias prometidas pelo governo.
"Eles [os caminhoneiros] só vão aceitar após saírem publicadas no Diário Oficial as medidas que foram negociadas", disse. "Pelo que a gente viu, já estão começando a trabalhar imediatamente para amanhã de manhã a gente já entrar no Diário Oficial e já achar essas medidas provisórias para a gente se precisar convocar".
O governo publicou edição extra do Diário Oficial com as medidas, pouco antes da meia-noite deste domingo (27).
Se cumprida a orientação das lideranças, ainda serão necessários de oito a dez dias para o abastecimento voltar ao normal, segundo os caminhoneiros.
Fonte: Folha de São Paulo