O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, comentou nesta sexta-feira a falha de segurança, revelada pelo jornal “Folha de S. Paulo”, na abertura da Copa do Mundo, no Itaquerão, quando um atirador de elite pediu orientação para abater um suspeito que estava armado, próximo do camarote da presidente Dilma Rousseff e outras autoridades. O ministro confirmou que o suspeito era um policial militar, não autorizado a estar no local.
“Um atirador de elite da Polícia Civil flagrou numa área proibida a presença de alguém portando uma arma e um colete de um grupo de elite da Polícia Militar. Como era uma área que dava acesso à presidente Dilma e outras autoridades, incluindo chefes de estado, o atirador pediu autorização para alvejar o suspeito. Essa autorização foi submetida a quem tem a atribuição de conceder e foi negada. Verificou-se que era um policial militar e ele foi retirado”, narrou Rebelo durante entrevista coletiva de balanço oficial da primeira fase da Copa, no Maracanã.
Segundo a “Folha”, o suspeito, um agente do Gate (Grupo de Ações Táticas), foi avistado já com a bola rolando entre Brasil e Croácia. Ainda de acordo com o jornal, uma investigação foi aberta para apurar o caso, que motivou um reforço de segurança nos jogos seguintes.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo confirmou o episódio, mas disse que se tratou um “erro de comunicação rapidamente sanado”. Confira abaixo o comunicado:
“A Secretaria da Segurança Pública reafirma que, no episódio envolvendo policiais paulistas durante a abertura da Copa, houve um erro de comunicação que foi rapidamente sanado, sem maiores consequências. Ao contrário do que vem sendo divulgado por alguns veículos de comunicação, em nenhum momento foi colocada em risco a segurança das autoridades e ou torcedores. Prova disso é que o protocolo para que o sniper pudesse atuar sequer foi colocado em prática.
Este protocolo pressupõe três etapas.
1. Autorização para o atirador carregar a arma, que por razões de segurança está desmuniciada
2. Autorização para que o snipper coloque o alvo na alça de mira
3. Autorização para atirar
Nenhuma destas três etapas foi deflagrada porque o erro de comunicação foi rapidamente corrigido. Afirmar que quase houve morte nesta situação é causar alarmismo”.