Onze dos 26 médicos selecionados para trabalhar em Fortaleza por meio do Mais Médicos desistiram do programa do Governo Federal. Segundo a Prefeitura de Fortaleza, seis médicos desistiram antes mesmo de desembarcarem de outros países para o Brasil; outras cinco pessoas desistiram após as primeiras aulas.
Segundo a Secretaria da Saúde de Fortaleza, a principal causa da desistência é a carga horária de 40 horas semanais e o local de trabalho, as regionais III e V, a periferia de Fortaleza. Com as desistências, 15 profissionais vão trabalhar pelo Mais Médicos em Fortaleza.
A atividade dos servidores deveria ter iniciado nesta terça-feira, mas foi adiada devido à desistência de parte dos médicos. Segundo a secretaria, com a saída de parte dos profissionais, o local de trabalho dos demais foi redistribuído. Eles devem iniciar as atividades nesta quarta-feira.
O ministro da Saúde falou a respeito das desistências de médicos brasileiros selecionados na primeira etapa do Mais Médicos, que deverão se apresentar aos municípios até 12 de setembro. Algumas secretarias municipais de saúde já relataram a desistência de alguns profissionais, como é o caso do Distrito Federal, onde dos 15 médicos selecionados, seis são considerados desistentes pelo governo distrital.
Ainda não há um balanço da quantidade de médicos que desistiram de trabalhar pelo programa, segundo o ministro. Na quarta-feira (4), o ministério terá os primeiros dados da checagem que a ouvidoria está realizando junto às secretarias municipais de saúde sobre o grau de desistência dos profissionais, de acordo com Padilha.
“As secretaria de Saúde têm até amanhã à noite para fazer um comunicado caso já confirme a desistência do médico para poder oferecer essa vaga no processo de seleção desse segundo mês”, disse o ministro.
Padilha disse garantir que os municípios cujos médicos desistiram do posto receberão profissionais na segunda etapa do programa e comparou as desistências aos concursos públicos. “Isso só revela um drama o que os municípios têm em seleções públicas, que é aguardar, ás vezes, alguns dias, até a confirmação do profissional médico”, afirmou.
“Caso essa vaga não seja ocupada, o Ministério da Saúde fará de tudo, estimulando profissionais brasileiros ou estrangeiros, para ocupar essas vagas e garantir o atendimento da população. Garanto a esses municípios, caso os médicos brasileiros não compareçam até 12 de setembro, que nós vamos ocupar essas vagas”, declarou Padilha.
O Ceará vai receber 28 profissionais cubanos pelo Mais Médicos, segundo dados do Ministério da Saúde divulgados nesta terça-feira (3). É o quarto estado da região com mais médicos cubanos, ficando atrás da Bahia (45), Pernambuco (34) e Maranhão (29).
Os cubanos destinados ao Ceará na segunda etapa do programa serão destinados às cidades Marco, Cruz, Ipu, Itapajé, Morada Nova, Quiterianópolis, Reriutaba e Santana do Acaraú, com dois médicos em cada município; e Acopiara, Amontada, Catarina e Granja vão receber três médicos cada.