Unidades hospitalares da rede privada, no Ceará, estão desativando leitos exclusivos para pacientes com Covid-19 após registros de queda na taxa de preenchimento. No último mês, a ocupação de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) caiu de 74,03% (em 9 de junho) para 33,33% (até esta sexta-feira), conforme o IntegraSUS, plataforma da Secretaria de Saúde do estado (Sesa).
O Ceará tinha 138 leitos de UTI disponíveis há um mês, com 111 ocupados. Entre as enfermarias da rede privada, também foi registrada queda, quando a taxa de ocupação passou de 64,75% (186 de 275) para 32,41%.
A redução motivou que as gestões das redes hospitalares privadas pudessem diminuir a quantidade de disponibilidade para o tratamento de Covid-19. Fernanda Colares, superintendente de recursos hospitalares da Unimed, comenta a diminuição.
"No final de maio e início de junho foi quando realmente começou a cair mais rápido e, graças a Deus, agora a gente está nessa fase de queda mais acelerada. Mas a gente ainda tem alguns pacientes internados com Covid", reforça a superintendente.
Até esta sexta, o Hospital Regional da Unimed tem 100 leitos ativos de UTI para adultos, sendo 28 ocupados; e 130 de enfermaria, destes, 43 estão ocupados.
Cenário parecido é sentido em outra rede hospitalar privada do estado. Anderson Nascimento, das unidades hospitalares do Sistema Hapvida, detalha. “A gente hoje trabalha comparando com relação ao pico, que tinhamos 1.372 leitos, nós estamos apenas com 282 leitos. Ou seja, foram 700 leitos desativados. E desses 282, somente 76% de ocupação. Com isto, a gente fica muito otimista", destacou.
Para Fernanda, o avanço da imunização contra o coronavírus pode ajudar a diminuir ainda mais a necessidade de leitos para Covid-19. "A vacinação vai ser importante para realmente manter os números baixos, porque vamos ter menos pessoas suscetíveis e que vão pegar [o vírus], assim conseguimos ter a doença sob controle", complementa a superintendente.
Fonte: G1
