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quinta-feira, 18 de julho de 2019

Operação contra lavagem de dinheiro é desencadeada no Ceará

Na manhã desta quinta-feira (18), foi deflagrada a Operação Créditos Ilusórios nos estados do Maranhão, Ceará, Piauí e Tocantins, com o objetivo de apurar a possível prática de crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal. A investigação é do Ministério Público do Estado do Maranhão. O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) auxilia a Operação através do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) e do Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal (Gaesf), com o apoio da Polícia Civil do Estado do Ceará.

Estão sendo cumpridos 23 mandados de prisão temporária, pelo prazo de cinco dias, e 32 de busca e apreensão em Fortaleza (CE), Balsas (MA), Riachão (MA), Araguaína (TO) e Floriano (PI) pela Superintendência de Prevenção e Combate à Corrupção (SECCOR) e pelo Gaeco do MP do Maranhão, com o apoio da Superintendência de Polícia Civil do Interior (SPCI), das Secretarias da Fazenda do Maranhão e Piauí, dos GAECOs e dos GAESFs dos Ministérios Públicos do Piauí e do Ceará e das Polícias Civis do Piauí, Ceará e Tocantins.

O esquema criminoso foi identificado pela Secretaria de Fazenda do Estado do Maranhão e consistia na utilização de empresas de fachada, ou seja, sem qualquer lastro financeiro, sede física ou mesmo quadro de empregados, para emitir notas fiscais fictícias, movimentando milhões de reais em operações de compra e venda de grãos, com o objetivo de gerar créditos tributários fraudulentos que eram utilizados posteriormente em operações comerciais que existiam de fato, sem que fosse recolhido qualquer valor aos cofres públicos referente ao ICMS.

Além de empresas de fachada, também eram utilizadas empresas conhecidas como “fantasmas”, criadas com utilização de documentos falsos, que igualmente emitiam notas fiscais frias. Dentre os maiores beneficiários do esquema, de acordo com o que apontam as investigações, destacam-se Shirlenylson Barbosa Ribeiro e Cleyton da Silva Toledo, que já se encontram presos por fatos semelhantes no Tocantins; Elton Félix Barroso de Araújo, responsável pela empresa Máxima Corretora; Rogério de Holanda Soares, bem como os empresários João Miguel Geleilate, Surama Geleilate e Emílio Geleilate, das empresas Corregel Corretora Geleilate LTDA, Geleilate Corretora de Agronegócios LTDA e Geleilate Agronegócios e Logística LTDA, sediadas em Fortaleza.

Com informações Cnews