Páginas

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

Morte de adolescente revolta familiares e amigos que protestam antes de sepultamento


A morte da adolescente Sthefany Alves Duarte, de 15 anos, ocorrida ontem, revoltou familiares e amigos que protestaram na frente do Hospital Maternidade São Lucas, em Juazeiro do Norte, na manhã desta quarta-feira (20). A garota foi internada no dia 2 de fevereiro naquela unidade para dar à luz ao filho cinco dias depois. Porém, começou a sentir complicações após o parto e faleceu após sofrer uma infeção no útero. A família acredita que os médicos foram negligentes.

De acordo com uma parente da adolescente, após ter o parto normal, no dia 7 de fevereiro, Sthefany continuou internada e começou a sangrar muito, sentir febre e uma dor na barriga muito forte. “Avisei a enfermeira e ela disse que era normal”, conta a familiar que não quis se identificar.

Após receber alta, a garota voltou a reclamar de dores e sua família a trouxe de volta ao Hospital São Lucas. Lá, os médicos disseram que a dor abdominal era causada por gases intestinais. Insatisfeitos com isso, os parentes levaram a adolescente ao Hospital São Vicente de Paulo, em Barbalha. Lá, foi feita uma ultrassonografia, que detectou uma infeção no útero de Sthefany.

A jovem teve que passar por uma cirurgia de alto risco para a retirada do órgão. Apesar de sofrer duas paradas cardíacas, conseguiu sobreviver à intervenção. Contudo, a infecção já tinha se espalhado pelo corpo da adolescente, que faleceu na Unidade de terapia intensiva (UTI) na manhã de ontem. “Isso aconteceu por irresponsabilidade do São Lucas”, protestou uma amiga em uma rede social.

Dezenas de amigos e parentes de Sthefany lamentaram e denunciaram o Hospital morte nas redes sociais e também fizeram protesto em frente à unidade de saúde.

O sentimento de revolta também tomou conta do seu sepultamento, hoje de manhã (20), quando o corpo da jovem passou em frente à unidade de saúde onde teve seu filho. Muitas pessoas desceram do ônibus, que seguia em cortejo até o cemitério, e depredaram as portas e paredes do São Lucas.

Em nota, o Instituto Médico de Gestão Integrada (IMEGI), que gerencia o Hospital Maternidade São Lucas, disse que irá abrir uma sindicância médica para apurar o ocorrido no caso da adolescente.

Com informações Diário do Nordeste