Sobre Educação, reforma de escola e valorização...
Não resta dúvida quanto aos caminhos que cada gestão toma nas diversas obrigações inerentes a administração da coisa publica.
Fica muito claro, após três anos, enxergar a diferença entre modelos de gestão...
Para mim, ex-secretário dessa pasta, a Educação em si, está bem mais além dos belos prédios...
Em nossa gestão havia um caminho, um rumo firmado no tripé: valorização - incentivo - e formação. Isso, durante o processo que se constrói de ensino e aprendizagem agrega conteúdo, o que é a base sólida do conhecimento. É bem mais interessante ter alunos ao final do nono ano com formação do que ter prédios bonitos e "números" com CPF.
É de se compreender que diante dos inúmeros desafios que o nosso município enfrenta é preciso fazer escolhas. A nossa foi a qualidade do ensino e não a qualidade dos prédios.
Diante de poucos recursos e do curto tempo para melhorar a educação era preciso avançar na QUALIDADE da aprendizagem. Por isso, na época, direcionamos o nosso planejamento administrativo para atender aos quesitos do tripé.
Também é bom lembrar, para se comparar, que em nossa gestão não havia se quer UM professor sem ser graduado lotado no ensino infantil e fundamental; não havia um professor contratado na sede do município; e não havia um coordenador pedagógico leigo, que não fosse antes um professor.
Durante os oito anos de nossa gestão isso aconteceu de forma intensa e os resultados apareceram de forma surpreendente (em 2009 atingirmos os resultados previsto pelo MEC de 2019 - um verdadeiro avanço atestado por uma prova externa).
Vejo que se o processo não tivesse sido quebrado, hoje teríamos a QUALIDADE associada a boa infraestrutura. Havíamos planejado para o futuro a reforma e ampliação de todas as unidades de ensino e posterior a isso, a implantação das escolas em tempo integral. (É bom que se diga, que ainda hoje o atual prefeito executa a nossa licitação para reforma e ampliação, essa mesma das atuais inaugurações. As reformas atuais são frutos do nosso planejamento administrativo).
Todo o nosso trabalho para atingir a qualidade do ensino foi rompido, com a 'banalização do ensino'. Estão colocando em sala de aula pessoas que não tem nem noção da responsabilidade de ser educador, pessoas sem formação pedagógica, vigilantes, auxiliares de serviços gerais, motoristas... que me perdoem as raríssimas exceções. Nada contra esses profissionais, porém, para Educar é preciso vocação e Formação na área, o que ainda não é suficiente para a plenitude do ato. Estão brincando de fazer educação! Meu sentimento é de tristeza diante dessa ingerência para atingir bônus político-eleitoreiro. Temo pelo futuro de nossas crianças.