Faltando 18 dias para o fim da campanha de vacinação
contra a gripe, apenas 353.313 cearenses procuraram os postos de saúde em todo
o Ceará. O número representa 18,86% do total de pessoas consideradas mais
vulneráveis para complicações da gripe, do total de de 1.873.430. A cobertura
vacinal no Ceará está abaixo da média nacional, que atualmente está em 27,5%.
A meta, neste ano, é vacinar 90%
desse público até o dia 26 de maio, quando termina a campanha. No Brasil, 27,5%
do público-alvo já foi vacinado. O Dia D de mobilização nacional para vacinação
ocorrerá no sábado (13).
Os grupos que menos se vacinaram são
indígenas (13,9%), crianças (15,9%), professores (16,6%) e gestantes (22,9%).
Entre as regiões do país, o Sul apresentou o melhor desempenho em relação à
cobertura vacinal contra a influenza, com 48,5%, seguida pelas regiões Sudeste
(28,3%); Centro-Oeste (23,2%); Nordeste (19,5%) e Norte (16%).
Desde o dia 17 de abril, a vacina
contra a gripe está disponível nos postos de vacinação para crianças de seis
meses a menores de cinco anos; pessoas com 60 anos ou mais; trabalhadores de
saúde; povos indígenas; gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto);
população privada de liberdade; funcionários do sistema prisional, pessoas
portadoras de doenças crônicas não transmissíveis ou com outras condições
clínicas especiais, além dos professores que são a novidade deste ano.
Os portadores de doenças crônicas
não transmissíveis, que inclui pessoas com deficiências específicas devem
apresentar prescrição médica no ato da vacinação. Pacientes cadastrados em
programas de controle das doenças crônicas do Sistema Único de Saúde (SUS)
deverão se dirigir aos postos em que estão registrados para receber a vacina,
sem a necessidade de prescrição médica.
De acordo com o Ministério da Saúde,
a escolha dos grupos prioritários segue recomendação da Organização Mundial da
Saúde (OMS). Essa definição também é respaldada por estudos epidemiológicos e
pela observação do comportamento das infecções respiratórias, que têm como
principal agente os vírus da gripe. São priorizados os grupos mais suscetíveis
ao agravamento de doenças respiratórias.
Transmissão
A transmissão
dos vírus influenza acontece por meio do contato com secreções das vias
respiratórias, eliminadas pela pessoa contaminada ao falar, tossir ou espirrar.
Também ocorre por meio das mãos e objetos contaminados, quando entram em
contato com mucosas (boca, olhos, nariz).
À população em
geral, o Ministério da Saúde orienta a adoção de cuidados simples como medida
de prevenção para evitar a doença, como: lavar as mãos várias vezes ao dia;
cobrir o nariz e a boca ao tossir e espirrar; evitar tocar o rosto; não
compartilhar objetos de uso pessoal; além de evitar locais com aglomeração de
pessoas.
É importante
lembrar que, mesmo pessoas vacinadas, ao apresentarem os sintomas da gripe -
especialmente se são integrantes de grupos mais vulneráveis às complicações -
devem procurar, imediatamente, o médico. Os sintomas da gripe são: febre, tosse
ou dor na garganta, além de outros, como dor de cabeça, dor muscular e nas
articulações. Já o agravamento pode ser identificado por falta de ar, febre por
mais de três dias, piora de sintomas gastrointestinais, dor muscular intensa e
prostração.
Fonte: G1