Apenas duas
semanas para o fim da quadra chuvosa no Ceará – que compreende os meses de
fevereiro a maio – as chuvas no estado começam a escassear. Nos últimos três
dias, a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) não
registrou ocorrências de chuvas significativas em nenhuma região do estado.
Nesta terça-feira (16), a Funceme registrou chuvas em apenas dois municípios:
Lavras da Mangabeira (9 milímetros) e Ibaretama (4,2 milímetros).
Em 2017, a
média de chuva no Estado foi de 578 milímetros, com distribuição espacial
irregular, segundo a Funceme. Enquanto que em Paraipaba, no litoral oeste do
Ceará, choveu 1.352 milímetros de janeiro até a primeira quinzena de maio, no
município de Saboeiro, nos Inhamuns, no mesmo período choveu apenas 101
milímetros. Em abril, choveu 114,6 milímetros, volume 39,1% abaixo da média
histórica no período de 188 milímetros.
O mês com maior
volume de chuvas no estado foi março, quando foi contabilizado 211,5
milímetros, o maior desde 2008, quando choveu 332,5 milímetros. Em fevereiro, o
volume de chuvas no Ceará – 158,7 milímetros – ficou 33,8% superior ao
observado para o mês na série histórica, de 118,6 mm. Para os meses de março,
abril e maio, a probabilidade de chuvas dentro da média histórica no Ceará é de
43% , segundo a Funceme.
Já a
pré-estação de chuvas no Ceará – período compreendido entre os meses de
dezembro e janeiro – ficou 21,6% abaixo da média. Nesse período se dão os
primeiros registros de chuvas no Estado depois da estação seca, que ocorre de
agosto a novembro. A chuva acumulada nos meses de dezembro de 2016 e janeiro de
2017 no Ceará foi de 102,1 milímetros, enquanto a média histórica do período é
de 130,3 milímetros.
Açudes
Com distribuição espacial irregular, os grandes açudes do Ceará continuam com baixa reserva de água. Atualmente, os 153 reservatórios do estado encontram-se, em média, com apenas 12,6% de sua capacidade de armazenamento. O principal açude que abastece Fortaleza, o Castanhão, com apenas 5,9% de sua capacidade de armazenamento.
Com distribuição espacial irregular, os grandes açudes do Ceará continuam com baixa reserva de água. Atualmente, os 153 reservatórios do estado encontram-se, em média, com apenas 12,6% de sua capacidade de armazenamento. O principal açude que abastece Fortaleza, o Castanhão, com apenas 5,9% de sua capacidade de armazenamento.
De acordo com a
Companhia de Gestão de Recursos Hídricos (Cogerh), apenas 10 açudes estão com a
capacidade máxima de armazenamento; 104 estão com volume abaixo de 30%; 38
estão operando em volume morto e 17 estão completamente secos. Atualmente, 94
das 184 cidades do Ceará estão em situação de emergência por causa da falta de
água.
Fonte: G1