Carta enviada pela cidadã Tuany Albuquerque, residente da Vila Escuro, Acopiara, para o programa "Cidade Alerta" da rádio Carinhosa AM de Acopiara, apresentado pelo radialista Wilson Filho:
" gostaria, se possível, fazer uma denúncia no seu programa, a respeito de um acontecimento que me deixou bastante revoltada. Sou funcionária pública, já vi e ouvi bastante coisas que ao meu ver deveriam ser denunciadas, mas sempre fiquei na minha. Não gosto de politicagem, nunca passou por minha cabeça levar alguma denúncia a qualquer rádio, até porque gosto de falar diretamente como "dono dos porcos". Mas na última sexta-feira (09/12/16), levei meu filho de 6 anos ao Hospital Geral, o mesmo estava há três dias com um problema de saúde. Ao chegar me direcionei à recepção para fazer a ficha, a recepcionista dava mais atenção a conversa com a colega do que mesmo a mim e a meu filho. Pra ter uma noção o quanto eles conversaram, nós chegamos ao hospital às 08:40 e a ficha só ficou pronta às 09:10. Depois da triagem ficamos aguardando o atendimento. Foram atendidas várias pessoas e nada do meu filho ser chamado. Até aí tudo bem, tinham as pessoas que chegaram primeiro. Mas fui alertada que tinham pessoas passando na frente e realmente tinha, algumas eram prioridades, outras não. Fui reclamar com a enfermeira responsável pela entrada dos pacientes ao consultório e ela veio toda arrogante se achando a tal e disse que o outro paciente iria entrar na minha frente sim (essa pessoa tinha chegado a poucos instantes). Agora Wilson Te pergunto, se o meu filho que estava doente há três dias, cansado de tanto esperar, febril, reclamando de dor, ainda de jejum, não conseguia nem mesmo ficar de pé, você não acha que era pra ele estar entre os prioritários??? Eu esperava atitudes mais humanas. A própria recepcionista viu ele deitado no chão, pediu até pra ele levantar, pois era um ambiente cheio de germes. Não tirei fotos porque não quero expor meu filho. Já não suportava mais vê-lo reclamando tanto, resolvi ir embora, já era quase 13:00 e nada do meu filho ser atendido. A única solução foi comprar medicamentos por conta própria e pedir a Deus pra que tudo termine bem, pois só ele pra ter clemência. Não sei pra que tanta propaganda com o "gigante", se não é capaz de suprir as necessidades da população. Sem falar que meu filho tem um problema alérgico bastante delicado e aguardo uma consulta com um otorrino há meses. Venho a esse meio de comunicação não porque gosto de "barraco" ou chamar a atenção, pelo contrário prefiro os bastidores, mas é por que não é a primeira vez que fico chateada com a saúde de Acopiara. Ano passado, aconteceu um fato bem parecido. Procurei a Secretaria de Saúde e fizeram comigo igual se faz com uma bola, me mandaram de um lado para o outro e nada foi resolvido. Por isso dessa vez procurei uma maneira de expor a minha revolta. Ainda acham ruim quando a gente parte pra "ignorância", mas parece que só assim que as coisas funcionam. Peço desculpas por alguns termos, mas os que me conhecem sabem que sou assim mesmo, tenho "pavio" curto. Cada um que se coloque no meu lugar de mãe. Já estou de saco cheio de tantas injustiças.
Obrigada pelo espaço
Tuany Albuquerque, Vila Escuro

